domingo, 30 de novembro de 2014

Minha ou tua?




Um dia perguntamos: esta é minha, ou é tua?

O que se ganha e o que se perde, são contas ainda por fazer!

Os amigos e o Tejo




Passear alivia a dor


O homem passeava o cavalo doente pelos caminhos da reserva, enquanto aguardava o doutor dos bichos.

Passear alivia a dor, dizia, referindo a (des)propósito que ambos vinham do mesmo país e estavam sós.


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Kanto




Carta a uma amiga (ano 2010)

Por enquanto o meu Carlos pertence ao reino dos elfos, das fadas, das coisas que existem porque só nós as vimos. Não faz birras, não empurra os outros no escorrega, ri facilmente, fala que se desunha, diz "paboíces", aprendeu o valor do diminutivo e sai-se com declarações como "hoje quero dormir com a minha Guidinha", chama-me "pirilampinho" ou faz-me festas quando acorda enquanto me diz "Guida, já acudámos!" . Nele, revejo o tempo que não passei com o meu filho, os gestos que perdi, as falas que não recordo, e vingo esse buraco negro que ainda me dói...


domingo, 16 de novembro de 2014

Cais do Tejo


O mesmo Tejo em tons mais carregados. 

Gosto da lua, naquele canto, referência de um ponto onde os olhares se cruzam.
Está cheia, grávida de amores e medos.

  

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Kanto do Tejo


Esta é a imagem que guardo da Dinamarca: uma breve paragem junto a uma elevação que, transposta, oferecia a imagem serena de um lago de águas paradas. Surgindo não sei de onde, cruza-o uma canoa remada por duas mulheres tão silenciosas como as águas, só deixando atrás de si um sulco desenhado na paisagem. Apareceram, cruzaram o tempo e o silêncio, e desapareceram como deusas de antigos mundos.

A mesma tranquilidade sente-se, às vezes, quando o Tejo e Lisboa são vistos da margem esquerda e a uma certa hora.

sábado, 1 de novembro de 2014